Meus pés sentem o chão ceder, meu coração a cada batida faz sinal que quer saltar do que o prende.
Lágrimas de sangue escorrem a cada fresta. Será a tinta que me envolve?
Rasga-me a sensação de todo sofrimento, toda solidão, todo desespero numa oração.
Toda agonia repelindo...
Há algo fora do comum, do que é aceitável, em mim criado constantemente num ritmo angustiante.
Clareia-me a visão do que é finito e distante. E, esse "eu" não compreende, não se contenta em ouvir apenas o que soa errante, consequência do que trago amargo, indefinidamente.
Aos versos eu canto a confidência pelo que tenho me afirmado, isolado por estranha e leve essência que enleia o meu choro derramado.
Estive pronto para ser ensaiado, como cântico composto e não cantado.
Tenho aqui um engasgo, entalado, do que em mim soa longe, inacabado.